Seguro de autos no Brasil

17/03/2018

Em 2017, o mercado de seguro de automóvel no Brasil faturou aproximadamente R$ 35 bilhões, mesmo sem considerar nesse montante a receita do seguro obrigatório DPVAT.

Nos últimos dois anos, sofrendo os efeitos da economia brasileira, a sua evolução foi mais modesta, quando comparada a outros ramos de seguros, como o seguro de vida. De qualquer maneira, R$ 35 bilhões é um número bem expressivo.

Nos últimos dois anos, sofrendo os efeitos da economia brasileira, a sua evolução foi mais modesta, quando comparada a outros ramos de seguros, como o seguro de vida. De qualquer maneira, R$ 35 bilhões é um número bem expressivo.

Segundo as estatísticas da SUSEP, há de 15 a 16 milhões de veículos segurados anualmente no país (caminhões, motos, carros, etc.). Quando avaliamos os tipos de sinistros, a quantidade de indenizações por colisão são maiores – ocorrem de 1 a 1,5 milhão por ano, com uma indenização média de uns R$ 8 mil em cada sinistro.

Já quando avaliamos as indenizações por roubo, a quantidade é menor e chega de 150 mil a 200 mil por ano, mas, por outro lado, com uma indenização média de mais de R$ 30 mil em cada sinistro. Com todos esses números, três considerações econômicas podem ser feitas.

Primeiro, com o aumento da violência urbana, a quantidade de sinistros por roubo deve teoricamente aumentar a uma taxa mais rápida do que a quantidade por colisões.

Segundo, de modo geral, o que mais preocupa o consumidor são as grandes despesas, em vez das pequenas. Supondo, por exemplo, o caso do seguro saúde. Um consumidor de classe média pode perfeitamente suportar o pagamento de umas três ou quatro consultas médicas por ano, ele não vai falir ou ter que vender alguma coisa para poder ir ao médico. Entretanto, se a pessoa tiver que passar uma semana no CTI, a sua situação, em termos financeiros, pode complicar bem. Ou seja, o seguro serve mais para montantes elevados.

Terceiro, ainda existe um grande potencial de desenvolvimento para esse mercado. Atualmente, 70% dos automóveis não são segurados e esse número é ainda maior quando levamos em conta somente as motos (98% sem seguro) e os caminhões (90% sem seguro).

Com tudo isso, os agentes desse mercado (sobretudo, corretores) têm que entender que, muitas vezes, o cliente não pode pagar pelo seguro completo, sendo esse um dos motivos principais para o comportamento analisado acima – ou seja, baixa penetração e um grande potencial. Assim, a opção de uma cobertura reduzida – FURTO E ROUBO – pode ser oportuna, principalmente se levarmos em conta as maiores perdas derivadas de roubo e furto.

Enfim, é preciso ficar atento às informações que o próprio mercado proporciona.

 

Texto: Suhai Seguradora. Francisco Galiza, março/2018. Mestre em Economia (FGV), autor de dezenas de estudos sobre o mercado de seguros, e consultor de diversas instituições do setor.

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